China: tecnologia contra o Coronavírus

Assessoria de Comunicação - 24-03-2020
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Estamos entrando no final de março, e a China já está dando os primeiros sinais de sua recuperação após o surto do Coronavírus no país. Saiba como a inovação e tecnologia tem ajudado o gigante asiático a dar a volta por cima em busca da volta da sua normalidade.  

Velocidade e agilidade

Embora seja cedo para identificar todas as consequências da experiência do trabalho remoto colocado em prática em larga escala na China nestes últimos meses, o que observamos hoje é a execução de um planejamento cuidadoso para que os funcionários encerrem a fase de home office e voltem ao trabalho gradualmente. Sobre este tema, Um artigo da Harvard Business Review menciona o interessante exemplo da presença da empresa de cosméticos Lin Qingxuan em Wuhan.

A China é líder mundial em inteligência artificial, e neste conturbado começo de ano foram múltiplas iniciativas e vastas aplicações dessa tecnologia. Alguns exemplos são diagnóstico do vírus, identificação e monitoramento dos infectados, acompanhamento da situação, fabricação de tecidos que oferecem maior proteção para a equipe médica, supercomputadores trabalhando em uma vacina, robôs e drones com diversas funções, além de chatbots para avisar os cidadãos sobre interrupções de viagens ou fornecer serviços de saúde gratuitamente. O país continua lançando novas soluções todos os dias.

Governo e empresas tech: uma resposta coordenada

A participação das grandes empresas privadas de tecnologia chinesas foi muito além de doações para ajudar a conter o surto de coronavírus. Estas adaptaram e aprimoraram seus produtos, aceleraram inovações e usaram o seu poder de alcançar diversos usuários para divulgar as informações governamentais e anular em seus aplicativos conteúdos contraditórios e defasados, reforçando a autoridade governamental e diminuindo o desencontro de informações.

Recentemente, diversas cidades em parceria com estas empresas têm feito uso de tecnologia de Big Data e códigos QR para monitorar a volta dos cidadãos às suas rotinas de atividades. O código verde permite que o usuário se mova livremente; o código amarelo requer uma auto-quarentena de sete dias; o código vermelho requer uma auto-quarentena de 14 dias. Cada indivíduo deve monitorar e registrar sua temperatura e atualizar seu perfil diariamente.

Quando o usuário utiliza o metrô, por exemplo, deve escanear o código QR do exato vagão onde está. Quando faz uso de um serviço de táxi, também precisa escanear o código QR do carro, e assim por diante.

Se por acaso algum usuário contrair o Coronavírus neste período de transição, outras pessoas que possivelmente tiveram algum contato com o infectado serão notificadas. O governo chinês aprendeu rápido e soube se reorientar quando viu o descontentamento da sua população com alguns membros da liderança que desvalorizaram os cientistas e especialistas em saúde pública que notificaram o mundo sobre o Covid-19.

A população se conscientiza e se torna mais colaborativa quando os líderes governamentais entregam uma comunicação clara e contínua, compartilham suas decisões e divulgam diretrizes e procedimentos a serem seguidos com base em atualizações diárias, com informações médicas detalhadas. Esta também é uma lição para os principais líderes nas empresas: envolver todas as unidades e engajar o time para realizar as mudanças necessárias.

Home-office

Ao se ver obrigada a fechar 40% de suas lojas físicas, a companhia preparou seus consultores de beleza para se tornarem KOLs (Key Opinion Leaders), ou influenciadores on-line. Mesmo com todas as suas lojas em Wuhan fechadas, as vendas da Lin Qingxuan nessa cidade (conhecida por ser o epicentro da crise) alcançaram um crescimento de 200% em comparação com as vendas do ano anterior.

Fonte: Startase