Investimentos em pesquisas para desenvolvimento tecnológico de ferrovias

Assessoria de Comunicação FAPEMIG - 23-02-2023
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Para dar continuidade ao trabalho do Núcleo de Desenvolvimento Tecnológico Ferroviário de Minas Gerais (NDF-MG), o Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra) e da FAPEMIG, vai investir mais de R$ 609 mil em dez pesquisas de instituições de ensino mineiras.

O valor é referente ao aditivo do convênio para Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação, firmado em 2021, entre o Governo de Minas, as universidades federais de Viçosa e de São João del-Rei e o Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais, que foi o ponto de partida para criação do NDF-MG. O objetivo é desenvolver pesquisas na área de transporte ferroviário, além de buscar a atualização permanente de tecnologia para garantir parcerias com empresas e instituições que atuam no setor.

Na época da criação do Núcleo, foram investidos R$ 745 mil, oriundos do orçamento da Seinfra e de emendas parlamentares. Com o novo aporte de recursos, sendo R$200 mil do orçamento da Seinfra e o restante por parte da FAPEMIG, dez novas propostas de projetos serão desenvolvidas.

As pesquisas abrangem diversas áreas e os mais variados temas, como por exemplo o estudo do uso de rejeito de mineração em camadas de pavimento ferroviário, análise espacial e do desenvolvimento do transporte ferroviário em Minas Gerais, climatização de vagões ferroviários de passageiros e de carga, entre outros. Clique aqui para ver a lista completa dos projetos.

Para a superintendente de Transporte Ferroviário da Seinfra, Vânia Cardoso, o fortalecimento e estruturação do NDF-MG é imprescindível para que as instituições de ensino mineiras estejam cada vez mais preparadas para a captação de recursos, elevando Minas ao patamar de referência nacional no desenvolvimento de tecnologia ferroviária.

“Em face da renovação das concessões ferroviárias foi instituído o Recurso de Desenvolvimento Tecnológico (RDT), que deverá ser destinado anualmente pelas concessionárias para o setor. Esses recursos já somam R$ 35 milhões por ano e, com a redução das distâncias entre a academia e as ferrovias, será possível consolidar o papel de Minas Gerais, que abriga ferrovias operadas pelas quatro maiores concessionárias do país, no desenvolvimento de novas tecnologias”, avalia.

O presidente da FAPEMIG, Paulo Sérgio Lacerda Beirão, destaca a parceria entre governo e universidades. “As instituições de ciência e tecnologia sediadas em Minas Gerais possuem competências diversas e podem contribuir de forma efetiva para o desenvolvimento econômico e social do Estado ao oferecer soluções inovadoras para os problemas apresentados”, afirma. Além de novos conhecimentos e geração de componentes ou produtos tecnológicos inovadores, a expectativa é que as atividades do NDF-MG contribuam também para incentivar uma nova geração de pesquisadores com foco em tecnologias ferroviárias, consolidando o papel de Minas na vanguarda do setor.

Investimentos
Minas Gerais é o Estado brasileiro mais preparado para receber investimentos, no curto e médio prazo, dentro do modal ferroviário. Não por acaso, a maior malha ferroviária do país, com cerca de 5 mil quilômetros está em solo mineiro e cruza nada menos do que 180 municípios.

A posição geográfica privilegiada de Minas, que conecta as regiões Norte e Sul do Brasil, também é um diferencial competitivo para potencializar o escoamento da produção de grãos e minerária nos maiores complexos portuários do Sudeste.

O Ministério da Infraestrutura já recebeu 80 requerimentos de implementação de novas ferrovias no país por meio do regime de autorização previsto no Marco Legal Ferroviário. Desses, pelo menos 20 estarão ou passarão por Minas Gerais. Duas empresas, inclusive, já assinaram protocolos de intenção com a Invest Minas para os aportes.

Uma delas é a Macro Desenvolvimento, que prevê um investimento de R$ 15 bilhões para construir uma ferrovia entre as cidades de Sete Lagoas e Anápolis (GO). O outro compromisso firmado foi com a Petrocity Ferrovias, com previsão de investimentos de R$ 16,8 bilhões em uma ferrovia que vai ligar o Distrito Federal ao Espírito Santo, passando pelas regiões mineiras do Noroeste, Norte, Vale do Aço e Rio Doce.


(Com informações da Seinfra)