USO DE SENSOR COLORIMÉTRICO DE AMIDO, PVA E ANTOCIANINA PARA IDENTIFICAÇÃO DE COBRE EM CACHAÇA

IDENTIFICADOR: 491 | DATA: 30-09-2021
3729

SETOR ECONÔMICO:

Bebidas e Fumo

Agronegócio

Indústria Química

Serviços

Comércio


PROBLEMA QUE SOLUCIONA:

A cachaça é uma das bebidas mais conhecidas do Brasil, ganhando notoriedade mundial através do drinque caipirinha. Em alguns processos para obtenção desta bebida são utilizados destiladores de cobre, podendo ocorrer contaminação pelo metal. Assim, é necessário fazer análise do produto para verificar a presença e concentração de cobre na bebida antes de sua comercialização, uma vez que a Anvisa (Agencia nacional de vigilância sanitária) no Brasil estabelece que o teor máximo permitido de cobre em cachaças é de 5 mg/L. Várias técnicas são empregadas para a determinação desse teor, como espectroscopia de absorção atômica por chama e espectrometria de emissão ótica com plasma indutivamente acoplado. Essas técnicas necessitam de pessoal qualificado, equipamentos caros e um elevado tempo de análise. Faltam assim, tecnologias para identificação rápida, barata e simples de cobre em cachaça.


SOLUÇÃO APRESENTADA:

É proposto o uso de um sensor colorimetrico para a identificação da presença de cobre na cachaça, o qual é produzido a partir de materiais de baixa toxicidade e alta biodegradabilidade em solo, a partir de amido enriquecido com amilopectina, glicerol, PVA e antocianina (agente de cor natural obtido a partir do resíduo de polimento de arroz negro). O sensor é insolúvel na matriz de cachaça durante o tempo de análise e muda de coloração de vermelho para verde na presença de concentrações de cobre superiores a 2 mg/L, podendo ser utilizado in situ e por qualquer pessoal que deseja realizar a analise, sem a necessidade de formação especializada para análise do resultado.


VANTAGENS E BENEFÍCIOS:

A invenção apresenta uma resposta analítica seletiva ao cobre, assim como outros métodos de análise usualmente utilizados para detecção de cobre, entretanto é um método mais simples, mais barato e que não requer mão de obra especializada para a sua aplicação em uma amostra real. O filme sensor possui custo relativamente baixo, pois usa polímeros produzidos em larga escala, como o amido e o PVA, enquanto o corante antocianina, que é o agente de resposta, é extraído de biomassas de baixo valor agregado. Além disso, o sensor possui um caráter ambientalmente amigável, pois esse corante é natural e todos os componentes do filme são de baixa toxicidade e são biodegradáveis. A resposta do sensor é colorimétrica e a cor do sensor muda de vermelho para verde quando a resposta é positiva, não necessitando de um analista qualificado para interpretá-la. Por fim, a analise pode ser feita in situ de forma simples e rápida.


POTENCIAIS E PLICAÇÕES:

A presente produção tem potencial de aplicação na indústria de bebidas, especificamente de cachaça, como um sensor colorimétrico seletivo a cobre que pode ser vendido ao produtor de cachaça em alambique de cobre para análise de sua bebida, permitindo a ele a tomada de decisões rápidas no processo de produção a fim de garantir a adequação de qualidade ao seu produto.


ESTÁGIO DE DESENVOLVIMENTO:

A tecnologia citada encontra-se com os testes finalizados em escala laboratorial, os próximos passos são a aplicações em escala industrial e a procura de parceiros para a implementação comercial do produto.


TITULARES:

UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO - UFOP


NÚMERO DO PROCESSO DO INPI:

BR 10 2021 018928-2


INFORMAÇÕES PARA CONTATO:

Núcleo de Inovação Tecnológica da UFOP: nite@ufop.edu.br


LINKS ÚTEIS:

Acesse o pedido de patente na íntegra aqui.