A ciência e a tecnologia estão sendo
cada vez mais introduzidas no esporte, para trazer melhorias, esclarecer
dúvidas e até mesmo prevenir futuros problemas.
Com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais
(FAPEMIG), a
Universidade Federal de Viçosa (UFV), realizou pesquisas sobre termografia ligadas
ao esporte.
Seu exame é feito por câmeras
termográficas de tamanhos variáveis. A captação da imagem termográfica é
um procedimento que consiste em uma foto tirada pela câmera especial, que
mapeia o corpo pela quantidade de calor emitida por cada região. Essa
metodologia permite identificar disfunções e caracterizar doenças ou lesões
antes mesmo que os primeiros sintomas surjam. Preservando assim, a
integridade do atleta de alto nível.
“A primeira, e mais simples, compramos
com recursos próprios. Já a segunda, uma câmera de melhor qualidade, foi
adquirida com apoio da FAPEMIG”, contou João Carlos Bouza,
coordenador do Laboratório de Termografia da UFV.
Essa técnica vem ganhando espaço no esporte,
inclusive no futebol. E é utilizada entre clubes do Campeonato
Brasileiro, a exemplo de Cruzeiro e Botafogo. O método foi implantado como
pesquisa-base na esquipe do Cruzeiro desde 2013, que por ser implantada, deixou
de ser pesquisa.
De acordo com Alex de Andrade Fernandes,
pesquisador do Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais (IF-MG), em resultados práticos,
observados e mensurados pela equipe do Cruzeiro Esporte Clube, o números de
lesões diminuíram drasticamente, e os atletas podem entrar em
melhores condições de jogo, com percentual mais próximo do seu máximo, podendo
assim se entregar mais à partida.
“Pode-se pensar numa dieta fitness, em
afastá-lo de treinamentos, reduzir a carga de trabalho, ou, até mesmo, tirá-lo
de uma partida, a fim de resguardá-lo de lesões que poderiam prejudicar o time
em um ou dois meses”, explica Alex.
A pesquisa é inovadora, sendo a primeira
em publicação mundial a apontar resultados sobre o assunto, por meio de comparação.
Segundo Alex Andrade, os dados poderão ajudar outros especialistas, como
fisiologistas, a trabalhar na termorregulação sob novas perspectivas.
Saiba mais sobre essa pesquisa na
revista Minas Faz Ciência Edição n° 76.