SETOR ECONÔMICO:
Alimentos
Agricultura Familiar
PROBLEMA QUE SOLUCIONA:
A criação de organismos aquáticos em sistema de recirculação acoplado a reator aeróbio é uma atividade em desenvolvimento na aquicultura bastante promissora e visa satisfazer a crescente demanda de produtos aquáticos, em oposição aos processos gerados extrativos de características não sustentáveis. Contudo, tal sistema se torna uma atividade onerosa para a agricultura familiar, uma vez que exige mão de obra especializada para cuidar da sua manutenção, inviabilizando a implementação da criação de peixes.
SOLUÇÃO APRESENTADA:
O desenvolvimento de um sistema simplificado para criação de peixes permite a produção em pequenos espaços, integrando a piscicultura a outros módulos de cultivo agrícola de forma escalonada e miniaturizada. No sistema simplificado grande parte dos minerais, como o cálcio, fósforo e potássio, presentes na ração dos peixes são eliminados nas fezes. Outros metabólitos da digestão das proteínas, como a amônia, que é altamente tóxica para os peixes, quando transformada pelas bactérias em nitrito ou nitrato, perde sua toxidez e torna-se essencial para o desenvolvimento das plantas.
PRINCIPAIS VANTAGENS E BENEFÍCIOS:
- A agregação da piscicultura com o cultivo hidropônico e convencional de hortaliças, ou com a irrigação de pequenas áreas de capineiras e/ou pastejo, para pequenos ruminantes e aves caipiras traz se adequa à produção voltada para a agricultura familiar;
- O resíduo gerado na criação de peixes e dos outros animais também deve ser reaproveitado para formação de composto e na produção do húmus de minhocas. Até mesmo as moscas domésticas criadas em gaiolas, produzem larvas, que são utilizadas como complemento alimentar de pintos de galinha d’angola (capote, pedrês), perus e peixes;
- Nesse modelo de produção, a piscicultura é praticada com recirculação da água e o peixe é criado com ênfase no consumo familiar. A água recirculada no sistema mantém-se enriquecida com os nutrientes metabólicos dos peixes. Os resíduos ricos em NPK, Ca, Mg e S são utilizados no cultivo de vegetais na forma hidropônica ou convencional em canteiros;
- A tecnologia social, conhecida popularmente como “Sisteminha”, possibilita a criação de pequenas unidades de produção de pescado, podendo ser implantadas nas áreas urbanas, periurbanas e rurais aproveitando os quintais das casas, assegurando a produção de pescado às famílias que o adotam. O modelo conceitual, foi desenvolvido para que pessoas que, com ou sem vínculo com o meio rural, possam aproveitar seus quintais. O aproveitamento se dá por meio da produção escalonada de alimentos ricos em proteína animal e vegetal além de carboidratos, minerais e vitaminas. A tecnologia pode ser adaptada para pequenas áreas entre 100 – 1500 m2.;
- O sistema simplificado de criação de peixes apresenta baixo custo para implantação e possibilita o uso de fontes alternativas de energia, sendo considerado uma ferramenta eficaz para garantir às famílias beneficiadas, uma alimentação equilibrada durante o ano todo;
- A solução tecnológica constitui uma importante ferramenta para combater a forme e reduzir a miséria em áreas onde há escassez de água e falta de oportunidades de trabalho. A manutenção de um sistema familiar para produção de alimentos permite a continuidade da agricultura durante todo o ano, diminuindo a fome e a pobreza.
ESTÁGIO DE DESENVOLVIMENTO:
Sistema em funcionamento, apresentando comprovada operação bem-sucedida, por meio da inovação aberta, com forte participação dos beneficiários no desenvolvimento da tecnologia. Esta tecnologia possui dois licenciamentos não-onerosos e não-exclusivos.
TITULARES:
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA - UFU
FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA DO ESTADO DE MINAS GERAIS - FAPEMIG
NÚMERO DO PROCESSO DO INPI:
PI 0606211-3
INFORMAÇÕES PARA CONTATO:
Núcleo de Inovação Tecnológica da UFU: atendimento@intelecto.ufu.br
Departamento de Proteção e Transferência de Conhecimento da FAPEMIG: dpt@fapemig.br
LINKS ÚTEIS:
Acesse o pedido de patente de invenção na íntegra aqui.
INFORMAÇÕES ADICIONAIS:
A tecnologia social atualmente atende principalmente aos agricultores familiares, comunidades quilombolas, assentamentos, populações indígenas, camponeses africanos de Gana, Uganda, Angola e Moçambique e outros. Esta tecnologia constitui-se numa ferramenta reconhecida publicamente para o combate à fome e redução da pobreza, dimensionada para atender às necessidades nutricionais de uma família de quatro pessoas, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).