Foto: Neila Rocha - ASCOM/MCTI
Em reunião na tarde da última quinta-feira (4) com o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, o vice-governador do estado de Minas Gerais, Paulo Eduardo Brant, estabeleceu parceria com o MCTI com o objetivo de desenvolver vacinas nacionais. Ao participar também da reunião, a reitora da Universidade Federal de Minas Gerais, Sandra Regina Goulart, destacou a importância do CT-Vacinas no âmbito da UFMG.
“Essa vacina feita em Minas Gerais com tecnologia nacional é muito importante para o estado, importantíssima para o país como um todo e para o conforto emocional da população, ao sabermos que nós temos uma vacina nacional sendo desenvolvida aqui”, ressaltou o ministro Marcos Pontes, ao apontar a relevância também para a ciência nacional.
O vice-governador de Minas Gerais, Paulo Eduardo Brant, celebrou a reunião com o ministro Marcos Pontes como uma inciativa que promove esperança para a sociedade brasileira em meio à pandemia da covid-19, e que teve como resultado a parceria do Governo do estado com o Ministério para o desenvolvimento de uma vacina nacional.
“Nós temos em Minas o CT-Vacinas da UFMG, já com grande trabalho desenvolvido, precisando de um apoio adicional para que a gente possa dar esse salto, e vai contar com o Governo de Minas, com o MCTI e com outras instituições, inclusive privadas para que a gente possa em um intervalo curto de tempo poder dar essa notícia fantástica para todos os brasileiros”, disse o vice-governador.
Brant ressaltou que os estudos iniciais já foram concluídos e que essa parceria será um grande avanço no combate à pandemia que atinge a população do estado e do Brasil. E destacou: “a segunda fase vai necessitar de um investimento razoável na faixa de R$ 30 milhões a R$ 40 milhões. Esse é o próximo desafio, levantar esse recurso para que a gente possa superar essa fase e aí sim entrar na fase final de teste final e produção da vacina”.
A reitora da Universidade, Sandra Regina Goulart, classificou a parceria do MCTI como um apoio imprescindível para se pensar em uma vacina que seja brasileira. “O CT-Vacinas da UFMG tem tido um papel importante não apenas em fazer uma pesquisa de vacinas, mas também de trabalhar com diagnósticos nacionais. Nossa expectativa é que a gente possa pensar a longo prazo, e que esse Centro de Vacinas Tecnológicas da UFMG se torne um Centro especializado em vacinas para várias outras situações que nós sabemos que iremos enfrentar no futuro”, destacou a reitora.
Para Sandra Regina, a UFMG atuando em parceria com o Poder Público, com o Ministério, viabiliza atender aos anseios da sociedade brasileira.
O CT-Vacinas é um centro de pesquisas em biotecnologia, resultado de uma parceria entre a UFMG, o Instituto René Rachou da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz-Minas) e o Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-TEC). O Centro é voltado para o desenvolvimento de novas tecnologias ligadas à produção de kits de diagnóstico e vacinas contra doenças humanas e veterinárias.
Saiba mais sobre o CT-Vacinas na próxima live “Ciência & Tecnologia no dia a dia”, no dia 09 de fevereiro (terça-feira) às 19h30. O bate-papo será transmitido pelo canal do MCTI no Youtube e contará com a participação do ministro da ciência, tecnologia e inovação, astronauta Marcos Pontes, do secretário de pesquisa e formação científica do MCTI, Marcelo Morales, e da pesquisadora do CT-Vacinas, Ana Paula.
No início da pandemia a FAPEMIG investiu em ações voltadas ao enfrentamento e mitigação de danos provocados pela covid-19. Além da divulgação de chamada emergencial para financiamento de pesquisas sobre o tema, a Fundação também direcionou recursos financeiros adicionais ao CT-Vacinas.
De acordo com o coordenador do INCT-V e pesquisador sênior da Fiocruz Minas, Ricardo Gazzinelli, a equipe mudou radicalmente sua rotina para enfrentar a pandemia. Grande parte dos pesquisadores foram reajustados para trabalhar em duas frentes: diagnóstico e desenvolvimento da plataforma de uma vacina contra o coronavírus.
As ações estão reunidas no projeto Desenvolvimento de testes de diagnóstico molecular e sorológico para Covid-19, que, além da FAPEMIG, também conta com o apoio do MCTIC. Gazzinelli coordena o estudo, que trabalha com várias plataformas de vacinas.
Saiba mais na matéria produzida pela FAPEMIG.