Criado em 2005, o Programa de Apoio a Grupos e Redes de Pesquisa da FAPEMIG tem entre seus principais objetivos incentivar a articulação entre pesquisadores e instituições e otimizar o uso de recursos e de infraestrutura. A proposta é aderente à máxima “a união faz a força”: a articulação em torno de temas de pesquisa estratégicos acelera a obtenção de resultados e aumenta o impacto científico e social.
Alguns desses resultados puderam ser conhecidos durante o Seminário de Avaliação das Redes de Pesquisa Científica, Tecnológica e de Inovação (chamada 09/2016). O evento, que teve início no dia 17, foi encerrado hoje. “O Seminário é um momento importante para conhecer os resultados e dar um retorno sobre o investimento realizado com recursos públicos”, destacou, na abertura, Marcelo Speziali, diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da FAPEMIG.
Simone Rodrigues, gerente de Ciência e Tecnologia da Fundação, explica que o Seminário foi realizado em cumprimento à chamada 12/2023 (informações abaixo). Conforme o documento, os coordenadores de projetos aprovados na chamada de 2016 que desejassem concorrer ao novo financiamento deveriam apresentar os resultados alcançados e justificar a importância da continuidade dos projetos.
“O evento foi crucial para revisar e analisar o desempenho dos projetos em Rede, possibilitando a visualização do impacto real das ações implementadas, maior transparência e prestação de contas. Inclusive, essas interações proporcionam uma oportunidade também para os pesquisadores compartilharem e discutirem suas descobertas, contribuindo, assim, para o avanço da pesquisa e do conhecimento e os benefícios para a sociedade”, salienta a gerente.
Áreas diversas
Ao longo dos três dias de evento, 18 redes de pesquisa se apresentaram. Os temas abrangem áreas diversas, como Imunológicos, Ciências Forenses e Produção Agrícola e Florestal Sustentável.
Um exemplo é a Rede de Nanomagnetismo - Investigação e Desenvolvimento de Interfaces e Dispositivos, coordenada pelo pesquisador Afrânio Rodrigues Pereira da Universidade Federal de Viçosa (UFV). Além da instituição líder (UFV), fazem parte da Rede as universidades federais de Lavras (Ufla), de Itajubá (Unifei), de Juiz de Fora (UFJF), de São João del Rei (UFSJ) e de Ouro Preto (Ufop), o Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN), o Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG) e o Instituto Federal Norte de Minas Gerias (IFNMG).
Entre os resultados obtidos pela Rede, Pereira destacou a criação e consolidação de laboratórios de pesquisa e construção de uma sala limpa. Houve, também, a aquisição de equipamentos importantes que permitem a nanofabricação de materiais, como gelo de spin artificial, e de possíveis dispositivos de magnetrônica. “O pessoal tem trabalhado muito. Esse tipo de material é muito estudado hoje, no mundo, dada a possibilidade de obtenção de novas tecnologias associadas ao spin”, disse.
Ele salienta que mais de 200 artigos científicos foram produzidos e duas patentes, geradas. O pesquisador mencionou, ainda, parceria firmada com empresa de criogenia aplicada à computação quântica. Na página do SisNano é possível saber mais sobre as atividades do grupo: https://sisnano.ufv.br/
Chamada 12/2023
A chamada 12/2023 - Redes Estruturantes, de Pesquisa Científica ou de Desenvolvimento Tecnológico foi lançada em julho e, atualmente, encontra-se na etapa de análise das propostas submetidas – ao todo, 81 propostas foram enviadas. R$60 milhões serão destinados ao financiamento dos projetos aprovados. Uma exigência foi que cada proposta tivesse a participação de, no mínimo, quatro instituições de CT&I, sendo pelo menos uma delas pública. A chamada foi dividida em três linhas: Redes estruturantes; Redes de Pesquisa Científica; Redes de Desenvolvimento Tecnológico.
Outras informações sobre a chamada estão disponíveis aqui
A previsão de divulgação do resultado dessa chamada é a partir de 9 de novembro. As informações serão divulgadas no Diário Oficial de Minas Gerais e também aqui, no site da FAPEMIG.