Ano foi marcado pela ampliação de parcerias estratégicas e lançamento de oportunidades inéditas
A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG) marcou o ano de 2024 com a expansão de investimentos em ciência, tecnologia e inovação por todo o estado. No início de dezembro, a Fundação já havia executado um valor recorde: R$ 517,3 milhões, um novo marco na história da instituição.
Ao longo do ano, foram lançadas 18 chamadas que resultaram na contratação de 885 novos projetos de pesquisa. Ao todo, 120 instituições e empresas foram beneficiadas, impactando mais de 220 municípios mineiros. Foram concedidas, ainda, mais de 8,5 mil bolsas a estudantes e pesquisadores, o que equivale a mais de R$ 100 milhões investidos em capacitação, valor que ultrapassa o investimento feito em 2023.
“A FAPEMIG teve grandes chamadas alinhadas ao seu compromisso de fomento à CT&I, como as chamadas Demanda Universal e Instalação de Laboratórios Multiusuários, exemplos de como a Fundação investe desde a ciência básica até a aquisição de grandes equipamentos de pesquisa. No campo de formação de recursos humanos, a Fundação ampliou a sua atuação, possibilitando a capacitação de mais estudantes no Estado”, reforça Luiz Gustavo Cançado, diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação.
A Fundação vem ampliando suas parcerias e investimentos em temas estratégicos para Minas Gerais. Créditos: Almir Ferreira/FAPEMIG
Aumento do incentivo
Em 2024, a FAPEMIG reajustou em 10% os valores das bolsas de formação para as modalidades: iniciação científica júnior (alunos do Ensino Fundamental de Médio); iniciação científica (alunos de Graduação); mestrado; e doutorado. Para as bolsas de pós-doutorado, o reajuste chegou a 90%.
Também houve reajuste nos valores das mensalidades das Bolsas de Desenvolvimento em Ciência, Tecnologia e/ou Inovação (BDCTI) para proporcionar melhores condições aos bolsistas e maior participação em projetos de pesquisa científica, tecnológica e/ou de inovação, assim como no desenvolvimento institucional. Como destaca o presidente da FAPEMIG, Carlos Arruda, “o principal objetivo do reajuste é a valorização do bolsista, peça fundamental no desenvolvimento da pesquisa científica, tecnológica e de inovação”.
Parcerias estratégicas
O ano de 2024 também foi marcado pelo estreitamento das relações com Instituições de Ciência e Tecnologia nacionais e internacionais, bem como com empresas e órgãos estaduais para a criação de parcerias estratégicas que possam impulsionar o desenvolvimento de pesquisas em Minas Gerais. A parceria contínua entre a FAPEMIG e a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Sede-MG) possibilitou em 2024 o lançamento de nove chamadas direcionadas à interlocução entre universidades e empresas.
Como resultado, o investimento na área da inovação foi recorde. Em 2024, a Fundação destinou cerca de R$ 92,1 milhões a ações com esse foco, o que se alinha aos esforços da instituição para execução de projetos inovadores e transformadores.
Além de parcerias estaduais, a FAPEMIG também investiu em acordos de cooperação técnica que pudessem facilitar o intercâmbio de conhecimento entre estados. Entre os exemplos estão o acordo firmado com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para ampliar a concessão de bolsas de produtividade em pesquisa (PQ) em Minas Gerais, e o termo de cooperação técnica assinado com a Associação Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) que vai injetar em torno de R$130 milhões em iniciativas mineiras inovadoras.
Centro de excelência
Outro destaque de 2024 foi o lançamento do projeto Centro de Excelência do Semiárido – Sertão que será implementado pela Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). A iniciativa pretende potencializar o desenvolvimento de pesquisas voltadas para o combate aos impactos das mudanças climáticas e as desigualdades sociais do Norte de Minas.
Serão investidos R$ 20 milhões para a sua implementação nos próximos cinco anos. O foco será o desenvolvimento de pesquisas nas áreas de Bioeconomia, Agroeconomia e Biodiversidade. De acordo com o presidente da Fundação, Carlos Arruda, a proposta dos centros de excelência busca induzir e desenvolver conhecimentos em temas considerados estratégicos.