A Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (FAPEMIG) está apoiando o concurso Falling Walls Lab. Iniciativa da Falling Walls Foundation, promovida no Brasil pelo Centro Alemão de Ciência e Inovação (DWIH São Paulo), a competição é uma oportunidade para impulsionar ideias inovadoras conquistando visibilidade pelo mundo. Além de poder transforma-las em negócio.
Os interessados podem se inscrever até o dia 31 de julho por aqui. Para participar basta ter uma ideia, pesquisa, proposta de inovação ou projeto de empreendedorismo, com potencial de transformação.
Nesta edição, o concurso contará com duas etapas classificatórias: uma em Fortaleza, no dia 20 de setembro, e a outra em Belo Horizonte, no dia 23 de setembro.
De 15 a 20 inscritos serão selecionados para cada etapa nacional (Fortaleza e Belo Horizonte). Os candidatos terão três minutos para apresentar, em inglês, sua ideia. Mostrando a relevância e o poder de transformação de sua proposta para um júri composto por especialistas da academia, da imprensa e do ecossistema de inovação.
Os participantes que vencerem cada uma das etapas nacionais, irão defender suas ideias na fase mundial do concurso que ocorrerá em Berlim, Alemanha. Além de participarem da Falling Walls Conference.
Em Belo Horizonte, além da FAPEMIG o concurso conta com o apoio da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), EURAXESS Brazil, Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sedectes) do Estado de Minas Gerais e a editora científica Springer Nature.
Ideia que virou negócio
“Pensar grande e mostrar que o projeto tem potencial mundial e não apenas local, além de realizar uma apresentação com entusiasmo, são as minhas dicas para os próximos concorrentes”, comenta José Augusto Stuchi, vencedor da etapa brasileira em 2016, que apresentou um equipamento portátil, acoplado ao smartphone, para realizar exames oftalmológicos e que vê sua ideia ganhando o mercado.
Ao vencer a etapa brasileira, Stuchi viajou para Alemanha para apresentar sua proposta. Não ganhou a etapa mundial, mas trouxe na bagagem uma experiência única com direito a muito networking. “Depois do concurso tivemos uma grande projeção nacional, abrindo portas em diversos hospitais e dando visibilidade na mídia. Apesar de não termos um produto pronto na época, foi o ponta pé inicial para a Phelcom dar os próximos passos”, conta.
Após três anos, a ideia de Stuchi, juntamente com outros dois colegas, recebeu o nome de Eyer e se transformou em um negócio. Criado pela Phelcom Technologies, o Eyer, um aparelho portátil ligado a um smartphone, faz imagens precisas da retina, permitindo detectar doenças a um custo bem mais baixo do que os métodos convencionais. Além disso, tem a vantagem de possibilitar o diagnóstico por telemedicina, a quilômetros de um médico oftalmologista. “Atualmente, estamos produzindo 30 unidades do Eyer por mês, número que deve chegar a 100 até o fim do ano”, complementa Stuchi.
Para mais informações sobre o concurso clique aqui.