Apesar da grave crise financeira que Minas Gerais se encontra, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG) conseguiu prosseguir com a sua política de incentivo ao desenvolvimento à pesquisa, ciência e inovação no Estado. Dentre as chamadas lançadas pela fundação em 2019, destacaram-se o Programa Centelha (5/2019); a Tríplice Hélice (4/2019); e o Programa de Apoio a Parques Tecnológicos e Incubadoras de Empresas de Base Tecnológica (7/2019). Excelentes oportunidades, principalmente, relacionadas ao empreendedorismo e inovação.
Promovido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), executado em Minas Gerais pela FAPEMIG, o Programa Centelha vai destinar R$ 1 milhão para 15 projetos de inovação.
Atualmente, o programa encontra-se em sua 2ª fase no qual foram divulgadas as 206 propostas de negócio aprovadas, provenientes de 49 municípios. O seu intuito é estimular o empreendedorismo inovador por meio de capacitações para o desenvolvimento de produtos ou de processos inovadores. A chamada também buscou apoiar, por meio da concessão de recursos de subvenção econômica (recursos não reembolsáveis), a geração e fomento de empresas de base tecnológica a partir da transformação de ideias inovadoras em empreendimentos que incorporem novas tecnologias aos setores econômicos estratégicos. Assim, o programa recebeu propostas de diversos e diversificados setores e temáticas.
De acordo com o presidente da FAPEMIG, professor Evaldo Vilela, o Programa Centelha trata-se de uma chamada pública que visa atingir empreendedores e pesquisadores que tenham uma ideia para ser desenvolvida com base tecnológica em benefício a sociedade. “Queremos incentivar as pessoas juntamente com todo o ecossistema de inovação de Minas Gerais para participar e desenvolver seu projeto. Para isso, oferecemos capacitação e recursos de R$ 66 mil para cada ideia”, reforça o presidente da FAPEMIG.
Já a chamada Tríplice Hélice teve como objetivo promover a interação entre o governo, as instituições científicas, tecnológicas e de inovação (ICTs) e as empresas mineiras, visando a otimização de tecnologias protegidas para inserção de novos produtos, serviços e processos no mercado. Com isso, as empresas puderam se conectar às universidades, e, a partir de patentes, desenvolver produtos com potencial de mercado. O programa dá apoio para testes em maiores escalas e posterior comercialização.
A iniciativa se diferenciou por focar em tecnologias que já tenham a requisição de proteção intelectual perante os órgãos competentes, no Brasil e/ou exterior. Ou seja, as empresas – público alvo da iniciativa – tiveram de acessar o portfólio de tecnologias das ICTs de Minas Gerais e o portfólio de tecnologias desenvolvidas por inventores independentes e identificar aquelas nas quais se interessaram em desenvolver. Ao todo, os investimentos serão de R$60 milhões em projetos aprovados.
Vale lembrar que no lançamento de ambos os programas citados, no dia 29 de agosto, além do presidente da FAPEMIG, Evaldo Vilela, participaram da solenidade o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, astronauta Marcos Pontes e o governador de Minas Gerais Romeu Zema.
Na ocasião, Zema destacou em seu discurso sobre a importância de se investir em Ciência e Tecnologia. O governador salientou no dia que apesar de todas as dificuldades pelas quais o Estado passa, ainda assim foi possível fazer alguma coisa. “Eu gostaria de ter muito mais recursos para Ciência e Tecnologia, sei perfeitamente da importância desse setor para o futuro da economia. Essas transformações pelas quais o Brasil e Minas estão passando vão possibilitar o ressurgimento de um país novo”, afirmou.
Também em discurso, o ministro Marcos Pontes também reforçou que as ações lançadas representavam importantes passos para o futuro. “Ressalto sempre a possibilidade que temos de transformar o país pela Ciência e Tecnologia. Recursos para essas áreas são investimentos, e não gastos. Nosso país precisa ter isso em mente”. Segundo o ministro, os pesquisadores precisam falar sobre seus trabalhos para mostrar que a Ciência e Tecnologia estão no dia a dia das pessoas. “Programas como os lançados, que ressaltam a participação dos jovens, mostram como é possível ajudar essas pessoas a desenvolver suas ideias e o país”, garantiu o ministro em sua fala.
E para finalizar, o Programa de Apoio a Parques Tecnológicos e Incubadoras de Empresas de Base Tecnológica tem como objetivo estimular a inovação por meio de apoio à infraestrutura científica e tecnológica compartilhada. A chamada também buscou tornar esses ambientes mais atraentes à empresas inovadoras; bem como contribui para acelerar a graduação de empresas intensivas em tecnologia, garantindo melhor inserção do mercado e maior competitividade.
Ao todo, 19 propostas foram recomendadas para a contratação no programa visando fortalecer tais ambientes no Estado com um total de investimentos de aproximadamente R$ 7,6 milhões.