Foi realizada nesta sexta-feira (20 de abril) no auditório da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (FAPEMIG), a apresentação das startups escolhidas para serem aceleradas pelo FIEMG LAB Acelera Mestrado&Doutorado. O programa, no qual a FAPEMIG participa por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SEDECTES), tem como objetivo ajudar projetos oriundos de spin-off universitárias, ou seja, através de pesquisas acadêmicas, a encorparem e ganharem força para entrarem no mercado, inclusive com apoio a capacitação de investimentos.
No total, quatro startups foram escolhidas para serem aceleradas pela FIEMG LAB Acelera Mestrado&Doutorado, são elas: BChem Solutions, que visa transformar óleos vegetais descartáveis em biocombustíveis; Pharmaview, que trabalha em uma vacina para a cocaína; PróbioFull, que desenvolve probióticos com resíduos da indústria de laticínio; e Nuresp, cujo o objetivo é a construção de um sistema portátil para avaliar a força dos músculos respiratórios.
Um pouco diferente dos programas tradicionais de aceleração, o FIEMG LAB Acelera Mestrado&Doutorado, visa acelerar projetos de pesquisas realizados exclusivamente em universidades. No total, mais de 120 projetos foram inscritos, em que uma pré-seleção de 12 foi realizada. Após as mesmas serem submetidas por uma banca, as quatro foram escolhidas para darem continuidade no programa.
O presidente da FAPEMIG, professor Evaldo Vilela, abriu o evento reforçando que o objetivo era justamente apresentar ao colaborador da instituição alguns dos projetos no qual ela está inserida. Segundo ele, é importante que as pessoas que carregam a FAPEMIG no dia-a-dia saibam dos resultados que ela colabora efetivamente nas atividades de ciência e tecnologias de políticas públicas. “Geralmente as pesquisas ficam longe da gente, em universidades e laboratórios. Por isso, é interessante ver esses resultados na prática, fazendo um rastreamento do que nós produzimos”, observou prof. Evaldo.
Evaldo chamou a atenção sobre o crescimento das startups que hoje tratam-se de uma nova realidade, e em que a FAPEMIG tem acompanhado de perto esse desenvolvimento. “Há um transbordamento de conhecimento por meio das startups. Uma nova maneira de fazer negócios, gerar empregos e renda”, salientou o professor Evaldo, reforçando que hoje, por exemplo, 1/3 da economia americana já é oriunda das startups.
Para o gestor do FIEMG LAB, Fábio Veras, o programa tem aproximado startups, academia e indústria. Segundo ele, geralmente falta um pouco de espírito empreendedor na academia, típica da própria cultura. No entanto, pelo esforço, da FAPEMIG e principalmente do professor Evaldo que inclusive já foi reitor, esse cenário em Minas Gerais tem mudado. “O FIEMG LAB não existiria se não fosse a FAPEMIG, não apenas no que se relaciona a recursos e sim ao apoio e essa integração empresa e universidade”, garante Fábio Veras.