Crédito: J. Abrahão et al./Nat. Commun.
Descrito em artigo publicado no início de 2018, na Nature Communications, o Tupanvírus é o maior e mais complexo vírus gigante já visto. Descoberto por pesquisadores mineiros, o vírus está entre as imagens selecionadas pela revista Nature como uma das melhores fotografias científicas deste ano. A imagem selecionada foi capturada no Centro de Microscopia da UFMG pela técnica de microscopia eletrônica de varredura. A amostra foi preparada pela pesquisadora Thalita Arantes e obtida pelo microscopista Breno Barbosa Moreira, servidor do quadro permanente da UFMG.
A pesquisa que deu origem à imagem enfoca a descoberta e caracterização de vírus gigantes. O projeto: “Vírus gigantes como vetores de expressão de proteínas heterólogas: produção da proteína de envelope de dengue vírus 3 e avaliação do seu potencial no diagnóstico sorológico”, teve apoio da FAPEMIG.
O pesquisador líder do Grupo de Estudo e Prospecção de Vírus Gigantes (GEPVIG) do Laboratório de Vírus da UFMG, Jônatas Santos Abrahão, contou em conversa com a Minas Faz Ciência que os vírus gigantes foram descobertos em 2003, na França.
Segundo Abrahão, esses vírus possuem partículas e material genético com dimensões e complexidade nunca vistos antes. “Para você ter uma ideia, se a gente comparar um vírus convencional com um vírus gigante, em relação ao tamanho da partícula, seria semelhante a compararmos um ser humano com um diplodocus, que é um dos maiores dinossauros já descobertos. Eles são muito, muito grandes!”.
Confira a entrevista completa no site da Minas Faz Ciência e conheça mais sobre esse vírus que é considerado por alguns especialistas um elo perdido na evolução.