USO DO PEPTÍDEO PNPP-15 EM MEDICAMENTOS PARA O TRATAMENTO DA DOR

IDENTIFICADOR: 557 | DATA: 18-01-2024
1726

SETOR ECONÔMICO:

Biotecnologia


BREVE DESCRIÇÃO:

A presente tecnologia descreve o uso de um peptídeo sintético que possui em sua estrutura primária 15 aminoácidos (PnPP-15), correspondentes aos aminoácidos 4 a 18 do peptídeo PnPP-19 (BR102014010268-0B1), na preparação de medicamentos analgésicos, preferencialmente dedicados ao tratamento de pacientes portadores de dor nociceptiva. PnPP-15 apresentou atividade antinociceptiva duas vezes maior que PnPP-19 em experimentos in vivo. Por ser menor que PnPP-19 e não possuir pontes dissulfeto, PNPP-15 é mais fácil de sintetizar que a molécula de origem. Assim como PnPP-19, PnPP-15 desencadeia resposta antinociceptiva pelas vias opioidérgica e canabinoidérgica, o que reforça seu uso em medicamento analgésico. Além disso, a participação do receptor canabinoide CB1 e comprovada ação local demonstrados primeiramente para o PnPP-19 e agora para PNPP-15, torna os peptídeos promissores para tratamento de dor neuropática periférica. Para fins de validação, a ação antinociceptiva de PNPP-15 em dor neuropática diabética foi testada em modelo murino para diabetes melittus, utilizando a pregabalina (PGB) como medicamento de referência. PNPP-15 foi 4000 vezes mais potente que PGB em reverter a alodinia em camundongos diabéticos. Ainda, PNPP-15 combinado com PGB também foi avaliado in vivo e demonstrou interação sinérgica. O peptídeo não demonstrou toxicidade aparente por análise de histologia de tecidos.


PROBLEMA QUE SOLUCIONA:

Dores neuropáticas são reconhecidas como uma das síndromes relacionadas à dor mais difíceis de se tratar e que mais afetam a população diabética. Considerando os tratamentos atuais — gabapentina e pregabalina —, apenas um terço dos pacientes reporta alívio de 50% da dor e um a cada 10 pacientes abandona o tratamento devido a fortes efeitos colaterais.


SOLUÇÃO APRESENTADA:

O peptídeo PnPP-15 foi desenvolvido, originando o Certificado de Adição da patente concedida BR102014010268-0 B1, demonstrando ser pelo menos 4000 vezes mais potente que a pregabalina, com a qual apresentou sinergismo, e diminui a sensibilidade mecânica de neuropatia diabética.


PRINCIPAIS VANTAGENS E BENEFÍCIOS:

Atividade superior aos medicamentos já utilizados, menor incidência de efeitos colaterais e relação sinérgica com fármacos já disponíveis no mercado. Também apresenta tamanho reduzido comparado ao peptídeo da patente original, PnPP-19, aumentando a estabilidade e diminuindo a complexidade sintética.


POTENCIAIS APLICAÇÕES:

Na preparação de medicamentos analgésicos, preferencialmente dedicados ao tratamento de pacientes portadores de dor nociceptiva.


ESTÁGIO DE DESENVOLVIMENTO:

Intermediário (produção do peptídeo e testes in vivo preliminares).


TITULARES:

Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG)


NÚMERO DO PROCESSO DO INPI:

BR1320230147690


INFORMAÇÕES PARA CONTATO:

Núcleo de Inovação Tecnológica da UFMG: transferencia@ctit.ufmg.br


LINKS ÚTEIS:

Acesse o pedido de patente de invenção na íntegra aqui.