Nos dias 4 e 5 de abril, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG) sediou a Conferência Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (CECTI). O encontro, organizado pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede), teve como tema Ciência, Tecnologia e Inovação para um Brasil Justo, Sustentável e Desenvolvido e é reconhecido por ser uma etapa preparatória para a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CNCTI), marcada para os dias 4 a 6 de junho, em Brasília.
Na abertura do evento, o presidente da FAPEMIG, Carlos Arruda, destacou a importância do encontro e dos desafios apresentados. “Nós temos um grande desafio na FAPEMIG que é sair da fase do conhecimento e transformá-los em produtos e serviços que cheguem à sociedade. Por isso a Fundação é esse espaço de diálogo, capaz de promover discussões na área da Ciência, Tecnologia e Inovação que façam a diferença no cotidiano das pessoas”, afirmou.
Do mesmo modo, o subsecretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação, Bruno Araújo, afirmou que, a partir da Conferência, a Sede reunirá ideias que serão levadas para a Conferência Sudeste e também para a discussão Nacional. “O sistema de Ciência, Tecnologia e Inovação é feito por muitas pessoas, por isso é fundamental termos esse momento em que reunimos pesquisadores, instituições de Estado, alunos e diversos outros parceiros do debate”, disse.
O representante da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Wadson Ribeiro, lembrou a importância de a FAPEMIG sediar um evento tão importante como a Conferência. “Essa Conferência tem o objetivo de escutar a sociedade e debater a ciência em um momento em que ela está sofrendo muitos ataques e está sendo desacreditada por muitos. Debater esse tema reafirma a nossa ideia de país, e investir em educação, ciência, tecnologia e inovação é fundamental para o desenvolvimento nacional”, defendeu.
Para o reitor da Universidade de Viçosa (UFV), Demetrius David da Silva, é preciso aproveitar melhor o grande número de universidades públicas sediadas em Minas. “Vivemos a economia do conhecimento, mas continuamos sendo um Estado que exporta commodities e importa tecnologias. Temos condições de aproveitar o conhecimento que produzimos para transformar essa realidade”, disse.
O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio, corroborou com as falas dos representantes da mesa e disse que a Conferência Estadual é uma grande oportunidade de abrir a discussão sobre o tema em Minas. “Quando nós ampliamos a participação e envolvemos pesquisadores, estudantes e representantes de diversas instituições, temos mais chances de acertar na elaboração de políticas públicas. Nesse sentido, gosto de citar o exemplo das patentes. Precisamos pensar em termos de qualidade e não de quantidade de patentes depositadas. Precisamos fazer com que elas deixem de ser apenas um número e se transformem em algo que a sociedade possa colher os frutos”, afirmou.
Programação
Ao longo dos dois dias, os presentes participaram de uma programação diversa, com palestras, paineis e grupos de discussão temáticos. Os temas explorados nas mesas redondas foram: A Ciência, a Tecnologia e a Inovação como potencializadores do desenvolvimento econômico e social; Ciências da Vida – os avanços dos últimos anos e os desafios para os próximos; Comunicação científica e a popularização do conhecimento; Modernização e Ampliação da Infraestrutura de CT&I: Estratégias para o fortalecimento da infraestrutura de pesquisa em Minas Gerais, incluindo Laboratórios, Centros de Inovação e Parques Tecnológicos; O papel da Ciência, Tecnologia e Inovação na atração e retenção de talentos; O fortalecimento do setor produtivo por meio da Ciência, Tecnologia e Inovação.