Créditos: Carla Radicchi
Nesta quarta-feira (17), a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG) recebeu Rochel Montero Lago, pesquisador e empreendedor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O cientista foi o sétimo convidado do Papo de Inovação – projeto que busca ouvir pesquisadores/inovadores para falar de sua história e sobre como a FAPEMIG ajudou ou atrapalhou sua caminhada profissional.
Rochel Lago é pesquisador e professor titular na UFMG, sendo especialista em química e inovação com enfoque no desenvolvimento de tecnologias e interação universidade-indústria. Atualmente é diretor do Centro de Escalonamento de Tecnologias e Modelagem de Negócios (Escalab) e coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT MIDAS). Segundo o pesquisador, a sua migração entre o mundo acadêmico e o empresarial é o que move a sua vontade de formar pessoas que possam transformar o mundo. “Fazer pesquisa, gerar conhecimento que impacta o mundo e formar recursos humanos é uma das coisas mais importantes que eu faço na universidade. [...] O meu propósito é formar a próxima geração que irá impactar o mundo”, ressalta. Através do empreendedorismo, da possibilidade de gerar aplicabilidade industrial por meio de conceitos técnicos, que ele vem trabalhando esse objetivo. Com isso, Lago já gerou mais de 35 patentes e conquistou inúmeros prêmios nacionais e internacionais de empreendedorismo e inovação.
Geração de impacto
Durante a sua apresentação, Rochel Lago destacou a FAPEMIG como uma entidade que proporciona um pontapé inicial para os cientistas iniciantes. “Meu primeiro projeto foi feito com apoio da FAPEMIG. O edital da Demanda Universal é um recurso importante para se estabelecer como pesquisador. [...] Ao longo da minha carreira também submeti diversos projetos para a instituição”, destaca. Atualmente, por meio do Escalab, ele possui projeto nas chamadas de Incremento da Maturidade da Inovação e Escalonamentos de Tecnologias e Compete Minas.
Outro apontamento do pesquisador durante a apresentação foi a necessidade de aproximação da Fundação com os pesquisadores. “Eu acho que há uma necessidade de criar uma conexão maior com o pesquisador, pensando em ações que conectem a FAPEMIG a eles. Como exemplo, trazer o olhar dos pesquisadores para o Planejamento Estratégico pode ser muito interessante. Acho necessário um esforço de comunicação para que os pesquisadores entendam que a FAPEMIG é muito mais do que uma instituição que fornece dinheiro, mas que ela é feita de pessoas, que ela tem um pensamento estratégico que leva em conta o que queremos para Minas Gerais no futuro”, salienta.
Dentro dessa lógica, o pesquisador ainda pontuou que a FAPEMIG poderia se posicionar mais como um agente de direcionamento e desenvolvimento de ciência e tecnologia em Minas Gerais. “Quando começamos a apresentar chamadas temáticas aos pesquisadores, eles começam a entender um pouco da lógica que o Estado quer desenvolver. A FAPEMIG como um direcionador de ciência e tecnologia dentro do estado tem um papel muito importante para o desenvolvimento econômico e social”, destaca.